O presidente da Academia Paulista de Contabilidade, Alexandre Sanches Garcia, acompanhado de vários Acadêmicos que atuam na área de Auditoria Independente, estão acompanhando de perto os trabalhos da 14ª Conferência Brasileira de Contabilidade e Auditoria Independente, realizada pelo Instituto de Auditoria Independente do Brasil-Ibracon, nos dias 11 e 12 de junho de 2024, no formato presencial e online. Na manhã da abertura do evento (11/06), estavam presentes cerca de 400 profissionais, enquanto mais de 1.100 assistiram no ambiente virtual.

No primeiro dia, os trabalhos foram voltados para os obstáculos que os profissionais devem enfrentar hoje e nos dias próximos, diante das novidades no campo tecnológico e também no ambiente regulatório da profissão. “Os desafios para se manter atualizado e acompanhar as atualizações no mundo corporativo são muitos, mas a Academia Paulista de Contabilidade pode e deve contribuir para preencher essas lacunas”, argumentou o presidente Alexandre Garcia.

Entre os Acadêmicos presentes estavam: Angela Zechinelli Alonso, Irineu De Mula, José Donizete Valentina, Raul Corrêa da Silva, Eduardo Augusto Rocha Pocetti, Marcio Massao Shimomoto, Idésio da Silva Coelho Júnior, José Aparecido Maion, Antonio Francisco Malonado Sant´Anna, Carlos Augusto Pires, Charles Barnsley Holland e Gildo Freire de Araújo.

O maior e mais importante evento de Auditoria Independente do País se encerra amanhã, 12/06, com os painéis: “Inteligência Artificial na Auditoria Independente: oportunidades e implicações Painel”; e “Pessoas como diferencial na Auditoria Independente: uma conversa sobre saúde física e mental, além de muitos debates”, além de muitos debates sobre temas de interesse do segmento. Também haverá a apresentação dos 10 projetos finalistas da Conferência.

Mudanças na IFRS 9 que promoverão transparência contábil e ambiental

Neste ambiente de discussões e troca de informações sobre Auditoria, Contabilidade e IFRS, o presidente da Academia Paulista de Contabilidade, Alexandre Garcia, comunica as mudanças recentes que houveram nas IFRS 9 que impactarão o ambiente contábil, conforme segue:

O Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade-Iasb anunciou em 30 de maio uma série de revisões nos critérios de classificação e avaliação estabelecidos na IFRS 9 – Instrumentos Financeiros, com o objetivo de abordar discrepâncias nas práticas contábeis e, assim, tornar os requisitos mais acessíveis e consistentes.

Essas alterações são cruciais para garantir a transparência e a confiabilidade das informações financeiras apresentadas pelas entidades. Além disso, visam facilitar a compreensão e a aplicação das normas contábeis, promovendo uma maior harmonização e consistência nos relatórios financeiros. É fundamental que as organizações estejam cientes dessas mudanças e ajustem seus processos internos de acordo com as novas diretrizes para garantir a conformidade e a precisão de suas demonstrações financeiras.

As modificações, descritas no documento intitulado “Modificações na Classificação e Mensuração de Instrumentos Financeiros – Alterações na IFRS 9 e na IFRS 7”, foram desenvolvidas com base no feedback recebido durante a Revisão Pós-Implementação da Norma Contábil de 2022, visando esclarecer pontos de preocupação levantados por partes interessadas desde a publicação da IFRS 9.

Adicionalmente, buscou-se fortalecer a governança corporativa e a prestação de informações financeiras confiáveis e relevantes para os usuários dessas demonstrações. É crucial que as organizações estejam atentas às novas diretrizes e se preparem adequadamente para implementar as mudanças propostas, garantindo a conformidade com as normas contábeis internacionais vigentes.

Dentre os temas modificados, destacam-se:

• Classificação de ativos financeiros com atributos ESG e similares. Vale destacar que, neste ponto, as características ligadas ao ESG (Environmental, Social and Corporate Governance em inglês), em empréstimos, podem influenciar a respectiva avaliação, seja pelo custo amortizado ou pelo valor justo. Há questionamentos sobre como determinar a valorização desses empréstimos com base nas características dos fluxos de caixa estipulados contratualmente. Com o intuito de minimizar possíveis discrepâncias na abordagem, as emendas esclarecem o método de avaliação dos fluxos de caixa relativos a esses empréstimos.
• Liquidação de dívidas através de sistemas de pagamento eletrônico. Partes interessadas destacaram desafios na implementação dos requisitos de reconhecimento de perdas estabelecidos na IFRS 9 para a liquidação de ativos ou passivos financeiros por meio de transferências eletrônicas de fundos. As emendas então proporcionam esclarecimentos sobre o momento em que um ativo ou passivo financeiro deixa de ser reconhecido. Ademais, o IASB decidiu elaborar uma política contábil opcional que permite que uma empresa deixe de reconhecer um passivo financeiro antes da efetivação dos fundos na data de liquidação, desde que determinados critérios específicos sejam cumpridos.
• Aprimoramento da transparência nos investimentos. O Iasb também estabeleceu exigências adicionais de divulgação para aumentar a clareza para os investidores, especialmente em relação aos investimentos em ações designadas pelo valor justo, por meio de outros rendimentos abrangentes, e instrumentos financeiros com características contingentes, como aquelas vinculadas a objetivos relacionados ao ESG.

Tais alterações serão aplicáveis aos períodos de relatório anual que se iniciarem em ou após 1º de janeiro de 2026.

Fonte: Portal Deducão – www.deducao.com.br