CONEXÕES ACADÊMICAS
Temas emergentes na visão dos Profissionais da Contabilidade
Conteúdo:
Data: 22/fevereiro/2024
Horário: 16h as 17h30
Local: Ao Vivo no Youtube
Palestrantes:
Ahmad Abu Islaim
Contador formado pela Universidade de São Paulo, com mais de 15 de anos de experiência em grupos multinacionais de grande porte de diversos segmentos, tais como empresas de auditoria externa (Big four), indústria e varejo (KPMG, Grupo Unigel, Grupo Carrefour, CVC e Klabin).
Ricardo Tresso Marcolino
Foi gerente de auditoria independente pela KPMG e possui experiências em empresas de grande porte como Gerente executivo da Controladoria. Também é membro de conselho fiscal. Possu9i a graduação em Administração e em Ciências Contábeis, ambos pela FECAP-Fundação Álvares Penteado.
Moderação: Acadêmico da APC Flávio Riberi
Em entrevista recente à Revista Veja, Luiz Cezar Fernandes, ex-sócio do Banco Garantia, traz uma série de comentários desrespeitosos à classe dos contadores.
Sendo assim, nós, os 70 Acadêmicos da Academia Paulista de Contabilidade, não poderíamos deixar de refutar tais considerações que prejudicam toda uma categoria, composta por mais de 550 mil profissionais atuantes em todo o Brasil e mais de 180 mil no Estado de São Paulo, dedicada à transparência da informação econômico-financeira de Entidades Públicas e Privadas, com o objetivo de proteger a sociedade.
Na entrevista, Luiz Cezar Fernandes, listou uma série de possíveis fraudes que poderiam ter sido perpetradas pelos executivos ou controladores das Lojas Americanas. Todas elas com o objetivo de aumentar lucros e a distribuição de dividendos aos seus acionistas.
Sabemos que a fraude, no mundo corporativo, tem três pilares fundamentais: a necessidade, a oportunidade e a racionalidade. Todos eles presentes nas declarações do entrevistado.
Ora, se ele está certo, a fraude supõe que o fraudador utilizará de diversos artifícios para ludibriar suas vitimas (acionistas, auditores, a sociedade) para atingir o seu intento.
Ele afirmou ainda que: “O que acontece com uma empresa de auditoria é um vexame”. Qual é a informação que ele teria que não foi divulgada para ele chegar a essa bizarra conclusão?
A situação das Lojas Americanas é grave e todo cuidado deve ser tomado quanto a declarações sem fundamentação, ou sem que a classe contábil por meio de seu Conselho Federal de Contabilidade se manifeste.
As normas contábeis são aprovadas por um colegiado de profissionais altamente qualificados, as normas de auditoria também passam pelo mesmo rigoroso processo regulatório. Tudo isso é supervisionado pelo Conselho Federal de Contabilidade, pelos Conselhos Regionais, via suas equipes de fiscalização, pela Comissão de Valores Mobiliários-CVM, Superintendência de Seguros Privados-SUSEP, Banco Central do Brasil-BACEN e diversos órgãos reguladores da profissão.
As equipes de auditoria possuem profissionais desde trainees a sócios, cada qual com sua capacidade, treinamento e tarefas a executar e documentar. De todos esses profissionais são exigidos treinamentos específicos, certificação homologada pela CVM e comprovação de educação continuada.
Portanto, não se justifica a afirmação proferida pelo sr. Luiz Cezar Fernandes.
Sendo assim, pedimos à Revista Veja e aos demais veículos de comunicação que estão cobrindo o assunto Lojas Americanas, que procurem os órgãos da classe contábil para se informar corretamente a respeito dos fatos contábeis, a fim de comunicar corretamente à sociedade, evitando denegrir a imagem de uma categoria que trabalha arduamente para assessorar as empresas, recolher impostos e contribuir com o desenvolvimento econômico e social do País.
Cordialmente,
Domingos Orestes Chiomento – Academia Paulista de Contabilidade-APC
São Paulo, 26 de Janeiro de 2023.