CONEXÕES ACADÊMICAS
Temas emergentes na visão dos Profissionais da Contabilidade
Conteúdo:
Data: 22/fevereiro/2024
Horário: 16h as 17h30
Local: Ao Vivo no Youtube
Palestrantes:
Ahmad Abu Islaim
Contador formado pela Universidade de São Paulo, com mais de 15 de anos de experiência em grupos multinacionais de grande porte de diversos segmentos, tais como empresas de auditoria externa (Big four), indústria e varejo (KPMG, Grupo Unigel, Grupo Carrefour, CVC e Klabin).
Ricardo Tresso Marcolino
Foi gerente de auditoria independente pela KPMG e possui experiências em empresas de grande porte como Gerente executivo da Controladoria. Também é membro de conselho fiscal. Possu9i a graduação em Administração e em Ciências Contábeis, ambos pela FECAP-Fundação Álvares Penteado.
Moderação: Acadêmico da APC Flávio Riberi
O que é mais fácil de construir: pontes ou muros?
Que nos perdoem os engenheiros, já que somos profissionais da Contabilidade, mas nesse contexto, o significado figurado desta expressão nos remete ao momento histórico que vivemos, quando milhares de pessoas, em todo o mundo, quebram o isolamento social, principal medida de combate ao coronavírus, e saem às ruas para protestar contra o racismo, após a morte de George Floyd, cidadão negro sufocado por um policial branco em Minneapolis, nos Estados Unidos, no dia 25 de maio.
Construir um muro, à primeira vista, parece ser mais fácil - definido o material e o local, é só começar a subir. Vejamos o caso do Muro de Berlim, uma barreira física edificada na madrugada do dia 13 de agosto de 1961, que circundava toda a Berlim Ocidental (capitalista), separando-a da Alemanha Oriental (socialista). Este muro simbolizava a divisão do mundo em dois blocos.
Fato é que nos 28 anos de sua existência, estima-se que milhares de vidas tenham sido perdidas, na tentativa de burlar as barreiras do muro. E a ideia de muro é essa mesmo: criar e estimular o preconceito, que é a porta de entrada para o individualismo, a solidão, a exclusão e o desrespeito.
E o "muro" de que falamos não é só físico. Infelizmente, ele está na mente das pessoas. E não é erguido só contra negros. Ele é visualizado na violência contra as mulheres, na intolerância por etnia, raça, gênero, orientação sexual, religião, idade, nacionalidade, condição social, deficiência física e tantas outras condições transformadas em motivos para preconceitos e violências.
Já construir pontes é mais difícil, exige uma engenharia mais elaborada, cálculos precisos, material de excelente qualidade, e mão de obra especializada. A Contabilidade, na condição de Ciência Humana, mas também dos números, se preocupa com vidas, uma vez que o patrimônio e o dinheiro só fazem sentido se existirem pessoas para utilizá-los.
Então, são para as vidas que trabalhamos. Pois são as pontes construídas entre as pessoas que nos possibilitam aprender, crescer e nos desenvolver, em uma convivência harmoniosa com o próximo.
Assim, ao invés de muros, vamos construir pontes, abrindo portas para nós mesmos e para os outros!
O motivo do assassinato de Floyd foi uma nota falsa de 100 dólares. Ora, será que o dinheiro é mais importante que a vida?
Diante dos fatos recentes, mesmo sabendo que os muros dos preconceitos, da intolerância e da violência são antigos, a Academia Paulista de Contabilidade - APC convida os Acadêmicos, os profissionais da Contabilidade e as pessoas em geral, a refletiram sobre a construção de pontes de tolerância, paz e amor ao próximo, pois assim estaremos melhorando a economia, o mundo e a nós mesmos.
Pois vidas importam, e muito!
Domingos Orestes Chiomento
Presidente da Academia Paulista de Contabilidade
ASSESSORIA
DE LEON COMUNICAÇÕES